Dilma Rousseff
diz que Brasil quer participar na estabilização da Guiné Bissau
A presidente Dilma
Rousseff disse que o Brasil quer participar nos processos de estabilização da
Guiné Bissau e considera ser responsabilidade de Portugal apoiar a antiga
colónia. Numa abordagem a
conflitos internacionais, no final da Cúpula Brasil-União Europeia, realizada
quinta-feira no Palácio do Planalto, a presidente demonstrou o interesse
especial do Brasil em participar do processo de paz na Guiné-Bissau, integrante
da comunidade dos países de língua portuguesa.
"Também não
podemos ficar indiferentes à situação vivida na Guiné-Bissau, principalmente um
país de língua portuguesa", afirmou. "Nós temos interesse em
participar de todos os processos para que essa situação de conflito armado e de
agravamento da instabilidade política da região devido ao tráfico de drogas, ao
tráfico de armas, à pirataria, seja resolvida", afirmou Dilma.
A presidente fez
referência também à responsabilidade de Portugal, como antigo colonizador, em
apoiar o país africano. No início da semana, o representante da ONU para a
Guiné Bissau, José Ramos Horta, pediu ao Brasil maior controle sobre a
droga levada da América do Sul para a África.
Tentações coloniais
A presidente do
Brasil defendeu a submissão das ações militares no Mali ao Conselho de
Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), com atenção na proteção de
civis. "O combate ao terrorismo não pode, ele mesmo, violar os direitos
humanos nem reavivar nenhuma das tentações, inclusive, a antigas tentações
coloniais", disse, sem citar o nome, em referência à atuação da França,
que colonizou o país por décadas, até sua independência, em 1960.
A presidente disse
que considera "muito preocupante" a situação do conflito armado no
Mali. "Advogamos uma participação muito grande dos órgãos internacionais
na resolução desses conflitos". Dilma Rousseff
defendeu uma mobilização internacional para que se encontre solução pacífica
para o conflito na Síria. "Ficou visível que, através do conflito armado,
não se chegará a um acordo", disse. Segundo a presidente, o principal
responsável pelo acirramento do conflito é o governo local, mas a oposição
armada também contribui. As informações são da Agência Brasil.
Fonte:
Africa 21
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