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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Brasília apoia Bissau na industrialização de processamento de caju

António Patriota e Adelino Mano Queta(foto:ANG)

O ajustamento complementar do acordo técnico e científico entre a Guiné-Bissau e o Brasil para o projeto de implementação e implantação de unidade de processamento do pedúnculo de caju e outras frutas tropicais no país, foi hoje rubricado entre as autoridades dos dois Estados lusófonos. O documento foi rubricado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Adelino Mano Queta e pelo seu homólogo brasileiro, António Patriota que a frente duma delegação de 3 pessoas se encontra de visita de 24 horas ao país para analisar com as autoridades nacionais aspectos relacionados com o reforço da cooperação em áreas de interesse comum.

Foi o ministro brasileiro que avançou com a explicação sobre o teor do acordo que versa sobre a cooperação na área do aproveitamento do caju, que presume seja produto estratégico para a economia da Guiné-Bissau. “Estamos nos aparelhando para poder prestar uma cooperação mais focalizada aos esforços guineenses para o desenvolvimento na área agrícola”, ressalvou António Patriota que disse aproveitar sua estada para agradecer o país pelo apoio dado e que permitiu na escolha do seu compatriota, José Graziano da Silva para o cargo de Diretor Geral do FAO.

Sobre este aspecto disse acreditar que pelo fato de ter a sua frente um brasileiro como Diretor Geral FAO, uma pessoa que caracterizou de “sensível ao potencial e necessidades do continente africano, particularmente, de países como a Guiné-Bissau”, pode-se beneficiar de apoios multilaterais da ONU aos esforços de desenvolvimento na área da agricultura. António Patriota elogiou a qualidade da castanha de caju guineense, afirmando que o país já é um exportador muito importante no contexto mundial e defendeu que este produto deve ser processado localmente antes de ser vendido “in natura” como tem sido caso até aqui.

Disse que as perspectivas econômicas da Guiné-Bissau são muito promissoras, com um crescimento acima dos 4 por cento e baixa inflação, pelo que exortou que a estabilidade política seja a tônica daqui para a frente. 

“Foi com este objetivo que o Brasil lidera os esforços da Comissão da Construção da Paz da ONU e deseja ampliar sua cooperação nas áreas da Defesa, Segurança, Saúde, Formação Profissional e industrialização do processamento de caju”, palavras do Ministro das Relações exteriores brasileiro. Por seu lado o seu homologo explicou que o ponto essencial do projecto ora rubricado é a Fundação Bartolomeu Simões Pereira, que apoia o sector industrial do país, que em colaboração com o Ministério do Comercio, via levar avante o funcionamento do mesmo.

“Estamos todos de parabéns”, vangloriou Adelino mano Queta, que sublinhou que 90 por cento da castanha que é produzida no território nacional é diretamente exportado “in natura”, pelo que com este acordo uma parte significativa deste produto passa a ser processada localmente. Das vantagens colaterais, segundo enumerou o Ministro dos Negócios Estrangeiros, com a implementação deste acordo, diminuir-se-á o desemprego entre a camada juvenil. Na ocasião o diplomata brasileiro foi distinguido com um pano de pente pelo Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que assistiu a cerimônia de assinatura do acordo em epígrafe. Durante sua estada no país, António Patriota vai manter encontros com o Presidente da Assembléia Nacional Popular e com o Representante especial do Secretario Geral da ONU no país

Fonte: ANG

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